Balonismo a conquista do espaço atmosférico.

BALONISMO – A conquista do espaço atmosférico.

A teoria do balonismo, ou aerostação, conjunto das técnicas da construção e utilização de aparelhos de ascensão, da categoria dos mais leves que o ar, nasceu do princípio de Arquimedes, segundo o qual todo corpo mergulhado em fluido recebe impulso de baixo para cima, com força igual ao peso do fluido por ele deslocado. O corpo manter-se-á em equilíbrio estático, descerá ao fundo ou subirá à tona, conforme for o valor do peso – igual, superior ou inferior – em relação ao peso do fluído deslocado.

Não é possível indicar a data precisa em que se inventaram os aeróstatos. Na realidade, ele surgiu quando alguém construiu um balão e o encheu de ar quente, mais leve do que o ar atmosférico, para fazê-lo subir ao espaço. Apesar disso, se convencionou dizer que o aparecimento do balonismo data de século 17, quando o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão subiu – ou dizem que subiu – aos ares, num balão cheio de ar quente, ao qual provavelmente se deu o nome de passarola. Esse fato causou espanto na época, o que fez com que todo mundo passasse a considerar aquele sacerdote como sendo o próprio diabo.

Em 1766, quando Henry Cavendish descobriu o hidrogênio, o inglês Blake tentou subir aos ares em um invólucro cheio desse gás, mas fracassou. Em 05/06/1783, os irmãos Joseph e Jacques Etienne Montgolfier, franceses, lançaram ao espaço um balão quase esférico, de tela e papel, com uma abertura na parte inferior onde o combustível utilizado se inflamava para aquecer o ar interior. O físico inglês J. A. C. Charles logo imitou os Montgolfier, mas substituindo o ar quente pelo hidrogênio, e subiu aos céus de Paris saudado pela artilharia do exército francês. A experiência foi repetida com outro balão que alcançou 500 metros de altura, levando em sua gaiola um carneiro, um galo e um pato, os primeiros “passageiros aéreos do mundo”, que retornaram à terra sãos e salvos. Em outra ascensão, na qual também foi usado o hidrogênio, seu balão subiu a 3.000m e percorreu uma distância de 25km, mas como esse gás consegue atravessar membranas porosas, o balão foi se esvaziando aos poucos e acabou caindo, sendo destruído pelos camponeses aterrorizados que a tudo assistiam.

Depois disso outras experiências aconteceram: Pilatre de Rozier (1783), Blanchar e Jefferie (1785), e Rozier e Romain (1785), tendo estes últimos morrido na tentativa. Em 1804 os físicos Biot e Gay-Lussac iniciaram as subidas com a intenção de estudar o ar, alcançando alturas consideráveis. As publicações da época informaram que Gay-Lussac, e mais tarde os ingleses James Glaisher e Henry Tracey Coxweel, chegaram aos 7.000m de altitude, mas sabe-se hoje que isso não é verdadeiro, pois naqueles tempos não existiam meios de se proteger a vida humana em tal altitude. Sobre os dois últimos, existe ainda o registro de que em 1862, eles e outros aeróstatas alcançaram uma altura de cerca de 13.000m, durante a qual todos os companheiros de Coxweel perderam os sentidos. Impossibilitado de usar as mãos que estavam congeladas, ele abriu a válvula do recipiente de gás com os dentes, e fez o balão descer.

Após longa série de aeróstatos construídos e aeronautas vitimados pela própria audácia, o sueco Salomão Augusto Andrée tentou atingir o Pólo Norte em 1897, mas foi infeliz na empreitada. Um livro sobre o feito audacioso foi encontrado em uma livraria do Rio de Janeiro pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, que o leu a bordo do navio que o levava à Europa. Essa leitura o induziu a dedicar-se à aeronáutica, dando-lhe coragem para realizar sua primeira ascensão e inspirando-o, depois, na construção do seu balão denominado Brasil, único balão esférico construído por ele, e também o menor balão de seu tipo que se ergueu aos espaços com características aeronáuticas.

Durante o longo tempo de sua evolução, as únicas modificações importantes por que passou o aeróstato foram: o material do invólucro do balão (plástico, ao invés de seda), o gás empregado (hidrogênio ou hélio, no lugar de ar quente), e, principalmente, a sua dirigibilidade. A possibilidade de serem dirigidos foi estudada durante a primeira metade do século 19, mas foi a invenção do motor a gasolina que tornou possível controlar a direção dos engenhos. Santos Dumont ganhou um prêmio em 1901, com um giro perfeitamente dirigido em torno da Torre Eiffel (Paris), e o general alemão, conde von Zeppelin, dedicou-se à construção de dirigíveis rígidos e de grandes dimensões.

Dentre os poucos balões, ou aeróstatos, que ficaram registrados na história, figuram o Great Nassau, que percorreu 800 km em 18 horas, levando três passageiros; o Flasseles, que se dizia ter mais de 50 metros de altura e 30 metros de diâmetro; e o construído em 1951 sob os auspícios da Força Aérea Americana e a National Geographic Soociety, que atingiu a altura de 22 mil pés (aproximadamente 7.200 metros), considerada recorde para aeróstatos.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

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Como se tornar um piloto de balão.

A melhor maneira de se tornar um piloto de balão é procurar uma equipe de balonismo e se tornar um voluntário para os serviços de terra mais conhecidos como (CP Charlie Papa na linguagem fonética oficial da aviação ou seja Carregador de Peso) não se sinta diminuido com isso todos os pilotos atuais começaram assim e é muito comum quando um piloto não se qualifica para uma competição ir participar nessa condição com outra equipe.
Nessa codição você terá a oportunidade de ver um balão de perto conhecer os procedimentos da euipe de balonismo participar de campeonatos e até descolar um vôo, se não conhece nehuma euipe de balonismo venha fazer um vôo de balão conosco para se familiar com todas as fases do vôo e operação do balão.
Para se obter um brevê de piloto de balão deve-se seguir as instruções da Anac em http://www.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha061.pdf como o assunto é bem extenso vai aqui o meu resumo.

Requisitos minimos para ser piloto:

Ter 18 anos de idade e comcluido o 1º grau
Exame médico pelo HASP (Hospital da Aeronáutica) ou médicos credenciados junto a Anac (CCF 2ª classe).
Juntado os documentos mais os de praxe, Carteira de Identidade, Certificado de Reservista, CPF, Atestado de Residência, e estar preparado pois sempre pedem algo que você não tem ou não trouxe, por exemplo, não adianta levar carteira da OAB ou CRM tem que levar o diploma do ginásio.
Após as aulas teóricas, (8 horas) dá-se início a parte prática.Note que no Brasil ainda não temos nenhum curso regular teórico, essa instrução é dade pelo seu instrutor.
Bem agora você vai ter sua carteira de aluno na categoria piloto de balão livre (BLAQ balão livre ar quente) e já pode iniciar nas aulas práticas com um instrutor, que começa com as instruções de, montagem inflagem e ancoragem do balão, ascenção, procedimentos de emergência, controle do balão,recuperação em descidas rápidas,vôo em rota com referências visuais e navegação estimada, aproximação, pouso e procedimentos para desmontagem do equipamento.
Após 15 horas de vôo com o instrutor e 1 hora de vôo solo, conforme o seu aproveitamento o instrutor já pode pedir a sua avaliação (check) por um piloto checador designado pela Anac.
Sendo aprovado recebe um brevê temporário, válido por tempo determinado, podendo voar solo e em qualquer lugar, durante o período de carteira provisória ele não pode se envolver em acidentes ou cometer nenhuma infração, além de completar um mínimo de horas, ai sim receberá seu breve definitivo.
A ai a pergunta clássica. Quanto vou gastar ? e quanto tempo vai levar para adquir meu breve ?
Bem tempo é dinheiro, vai depender de quanto tempo ou dinheiro você vai disponibilisar mas pode se preparar para gastar de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00, você pode fazer um curso rápido, mas acredito que seria mais proveitoso se você se programar para faser em um ano ou mais, pois assim você poderia participar de campeonatos e festivais de balonismo e entrar em contado com vários pilotos e aprender os mais variados tipos de operações com balões, vôos cativos, cativo noturno, voos livres, voos promocionais, voos com passageiros, lançamento de paraquedista, participação de campeonatos onde conhecerá as regras da competição de balonismo, e participando da euipe de terra vai aprender a evitar atoleiros e como se portam os balão no ar.
Eu sempre insisto nesse tipo de aprendizado pois a operação de um balão é bastante simples, você dependerá mais desses conhecimentos que da operação do balão em si.

Miguel Leiva

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Balonismo descrevendo o indescritivel.

Balonismo uma nova perspectiva do mundo
A terra se afastando lentamente sobre seus pés, e deixar para trás o mundo como você conhece,  descobrir novas perspectivas, cidades, fazendas lavouras tornam-se pequenas maquetes e a vida passa lentamente, durante  uma hora a experiência aérea mais fascinantes que se pode desfrutar, o voo de balão.
O ar é um espantoso meio de transporte, porem somente ao alcance dos homens apartir dos Irmãos  Montgolfier , que voaram o primeiro balão de ar quente, e J.A. e Charlier, que apenas poucos dias depois deste evento  inventou o balão de gás, e são considerados os pioneiros nas viagens de balão.
Voar de Balão
A fascinação nos céus com balões de ar quente, parte do fascínio dos balões é, que não é possível prever exatamente quando ou onde uma viagem irá acabar, a combinação de ar, terra, agua e fogo, a somatória de todas as forças da natureza , em contra patirda com o conhecimento humano que pretende dominar essas forças, são fatores que se impõe a um piloto de balão e o dever de buscar a harmonia, para que o vôo não termine prematuramente.
Operando o maçarico e aquecendo o balão para menter sua altitude ou abrindo o tap para descer mais rapidamente, uma diferença de apenas alguns metros mais, e um vento completamente diferente podem conduzir o balão em direção totalmente diferente.

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Por que o padre voador virou piada?

Duas mortes de grande repercussão na mídia, no entanto tiveram desfechos diferentes; enquanto uma continua a comover por seus tons sombrios, a outra se transformou em piada. A primeira foi o assassinato da menina Nardoni que o Brasil ainda chora, a segundo foi a morte de uma padre católico pendurado em balões de festa ao sabor de ciclônicos ventos extratropicais, evento esse transformado em chacota nacional.

O que levou a morte do eclesiástico virar lenda e a provocar risos?
O inconsciente coletivo explica: um padre católico pendurado embaixo de dezenas de balões coloridos sendo arrastado inexoravelmente para o mar provoca uma ambigüidade de sentimentos devido ao insólito da cena o lado trágico suplantado pelo caráter tosco da imagem repetida à exaustão na TV – o padre subindo ao céu, não em razão da sua virtude, mas em virtude da sua desrazão.

As pessoas se sentem alegres quando a sua teoria sobre vôo se confirma: elas gostam quando as suas mães têm razão com relação aos esportes radicais e voar é a principal delas. Logo, alguém que se estrepe voando, prova para todos que o bom senso triunfou novamente e tudo foi recolocado no seu devido lugar.

O padre viciado em alturas comprovou que voar pode ser um péssimo negócio, sendo o testemunho eloqüente e justificador pelo qual as pessoas podem se sentir felizes por terem permanecido levando as suas pacatas vidinhas na planície. Seu corpo ainda não foi encontrado e talvez nunca seja, devido aos tubarões habitantes das nossas costas especializados em carne santa desde o descobrimento do Brasil, quando aqui naufragou o Bispo Sardinha e foi rapidamente devorado por peixes e índios.

A nossa antropofagia é isso, devoramos os nossos heróis ao transformá-los em tolos pendurados em balões de festa. A famosa foto do padre em sua infantil e fantástica máquina voadora corre o mundo em montagens e vídeos irreverentes, provando que compreendemos os nossos mártires somente quando eles se ferram, legando a certeza de que a vida na superfície ainda é o melhor elixir para o prolongamento da vida dos covardes vivos.

Texto original
Autor: Isaias Malta

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Balonismo Profissional ou Amador ?

Nem Júlio Verne poderia imaginar que, início do século XXI, o homem estaria por aí dando suas voltas em um balão de ar quente, simplesmente pelo prazer de voar. A experiência única de contemplar a terra de cima enquanto passeia ociosamente em silêncio pelo espaço e de maneira respeitosa para com a natureza é de fato, uma sensação inigualável.

Balões de ar quente são sempre associados a excêntricos bilionários, exploradores, aventureiros e mencionados em farta literatura como heróis, ou uma combinação dos três, como Malcolm Forbes ou Steve Fossett. Balões de ar quente não é o tipo de equipamento desportivo que você pode comprar em uma loja de artigos esportivos e  deixar de lado junto a patins e bicicletas. Os balões custam tanto quanto ao um carro sofisticado. Balonistas famosos tem muita exposição na mídia como ricos com gostos extravagantes, e sempre muito bem patrocinados.


Todos os anos milhares de entusiastas frequentam festivais por todo o mundo para assistir as decolagens de centenas de balões coloridos de uma só vez. Balonistas e balões  tem aumentado continuamente com avanços da tecnologia e o barateamento dos materiais, mas o crescimento real é devido em grande parte à participação de balonistas amadores pela simples alegria do esporte.

A palavra balonismo amador ultimamente ficou associada ao Padre Adelir Antônio de Carli com a sua mal fadada experiência de voo com os balões festivos. Balonismo amador é quem  se dedica a uma arte ou ofício por prazer, sem fazer destes um meio de vida, participando de campeonatos e festivais durante as férias ou finais de semana pelo puro prazer de voar e dividir suas experiencias com amigos e familiares, quando o tempo é favorável, reunirem-se e desfrutam de um belo passeio de balão nos finais de semana.

O balonismo não é um esporte individual; apenas 1 dos participantes da equipe de  balonismo é pilotos, pois uma equipe é composta de 4 pessoas, 1 motorista de resgate e 2 ajudantes que fazem as funções de navegador ou co-piloto. Está a grande magia do balonismo; preparam-se decolando piloto e outro passageiro na função de co-piloto acompanhando dos instrumentos e mapa e em contato com a equipe de terra via rádio auxiliando nos caminhos que devem percorrer após 1 hora encontram-se e trocam-se os passageiros, reabastecendo os tanques e partindo para mais algum tempo de voo. Engana-se quem pensa que a equipe de resgate vai simplesmente acompanhando o balão, na verdade estão participando de um verdadeiro rali fora de estrada, apreciando belas paisagens campestres, e devem estar preparados para estradas de terra se é que vão encontrar.

Tenho notado nos últimos anos o crescimento no Brasil onde, a maioria das equipes que participavam de campeonatos e festivais eram equipes de balonismo voltadas integralmente as atividades comerciais do balonismo, hoje já vemos muitos balonistas amadores que tem seus balões pela pura satisfação de estar participando aprendendo e dividindo suas experiências com outros colegas.

O investimento em um balão é dispendioso o custo de um balão 2.500 m³ varia de R$ 15.000,00 a  30.000,00 dólares, dependendo do tipo de balão e os instrumentos embarcados (avionicos), com exeção dos tanques, maçarico e ventilador que se bem cuidados duram por vários anos, o cesto e o envelope duram 300 horas alguns balonistas zelosos conseguem chegar a 500 horas, mais o investimento em uma caminhonete ou carreta para transporte do balão, somem-se o custo de combustível aproximadamente 45 kg por hora de voo a R$ 4,50 o kg, um balonista amador voa em média de 30 a 50 horas por ano.

Alguns balonistas amadores programam suas férias para o período do inverno onde acontecem a maioria dos festivais ou campeonatos desfrutando suas férias e participando de um evento de balonismo, onde são oferecidos pela organização pensão completa gás e prêmios para os participantes. Hoje é muito comum a prova da chave onde são disputados carros e motocicletas esse ano já ganharam 1 carro no Festival de Torres e uma motocicleta em Rio Claro, nada mal para quem foi só para se divertir e passar as férias.

Acredite não há nada melhor que participar de um festival e decolar com milhares de pessoas aplaudindo, não há estresse ou depressão que resistam, você sai com o balão cheio e o ego inflado, se sentido um astro de rock todos acenado e mandando beijos. Sobrevoando cidades e campos você terá a oportunidade de ver o brutal contraste entre a riqueza e pobreza que existem nesse país. Crianças de bicicleta ou á pé pais com filhos no carro tentando acompanhar o balão para verem mais de perto e tirarem uma foto de você e seu balão, acredite é muito recompensador levar esse espetáculo aos confins do Brasil.

Um equipamento de balonismo não necessita de hangar ou lugares especiais para armazenamento seu equipamento vai ocupar uma area de 1,5 m² na sua garagem, mas o melhor é que você não fica preso a um porto ou local, você pode se deslocar para onde quiser com seu balão e decolar de qualquer ponto e pousar em qualquer campo, mas sempre observando as regras aeronáuticas e os bons costumes de civilidade.

Se você gostou e esta disposto a experimentar, não ligue ou mande um e-mail perguntando quanto custa o balão ou como se tornar um piloto, marque um voo de balão e avalie você mesmo se esta disposto a gastar algum tempo e dinheiro para participar desse incrível esporte, como piloto ou como equipe você será bem recebido e  esteja certo que você está fazendo falta.

Miguel Leiva
Aventurar Equipe de Balonismo
http://wwww.balonista.com

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